terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Festa do Senhor do Bonfim

Começa no dia 07 de janeiro, o novenário da Festa de Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim, na Basílica do Senhor do Bonfim, em Salvador. As noites de novena seguem até 16 de janeiro, sempre às 19h30, com exceção do dia 14 de janeiro, quando a Basílica fica apenas com a porta da frente aberta para veneração pública da imagem, em razão da lavagem do adro da igreja. Neste dia haverá acolhida do cortejo e bênção da janela do templo para todo povo.
No dia festivo, 17 de janeiro, haverá missas durante todo o dia (5 horas, 6 horas, 7h30, 10 horas e 18 horas) e o Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo preside a Celebração Solene, às 10 horas. Às 17 horas acontece a procissão dos três pedidos, saindo da praça Ir. Dulce, com a participação das imagens dos sete padroeiros das paróquias que integram a forania, encerrando após as três voltas em torno da Basílica. A celebração Eucarística das 18 horas será Campal presidida por Pe. Edson Menezes da Silva, Reitor da Basílica e Capelão da Devoção do Senhor do Bonfim e pregação de Mons. Gaspar Sadoc da Natividade.

História
A imagem do Nosso Senhor do Bonfim foi trazida em razão de uma promessa feita pelo capitão-de-mar-e-guerra da marinha portuguesa, Theodózio Rodrigues de Faria, que, durante forte tempestade prometeu que se sobrevivesse traria para o Brasil a imagem de sua devoção. Assim, em 18 de abril de 1745, réplica da representação do santo existente em Setúbal foi trazida de Setúbal, terra natal do capital, e abrigada na Igreja da Penha até o término da construção da Igreja do Senhor do Bonfim. Em 1754, a parte interna da Igreja do Senhor do Bonfim foi finalizada e as imagens transferidas para lá em procissão, onde foi celebrada missa solene.
A iluminação era feita através de lampiões até que em junho de 1862 foi implantada a iluminação pública, feita com lâmpadas de gás carbônico. As instalações elétricas realizadas em 1902 foram mantidas até 1998, quando a igreja foi restaurada.
A lavagem da Igreja teve início em 1773, quando os integrantes da "irmandade dos devotos leigos" obrigaram os escravos a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim, no segundo domingo de janeiro, depois do Dia de Reis. Com o tempo, adeptos do candomblé passaram a identificar o Senhor do Bonfim com Oxalá. A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o adro. Durante a tradicional lavagem as portas da Igreja permanecem fechadas durante a lavagem - as baianas despejam água nos degraus e no adro, ao som de toques e cânticos africanos.É uma das mais tradicionais igrejas católicas da cidade, dedicada ao Senhor do Bonfim, padroeiro dos baianos e símbolo do sincretismo religioso da Bahia.
Foi erguida a partir de 1745, ano em que chegaram as imagens do Senhor Jesus do Bonfim e de Nossa Senhora da Guia, trazidas de Portugal pelo capitão Theodózio Rodrigues de Faria, estando concluída em 1772.
Em 1923, por razão das comemorações pela Independência da Bahia, foi composto o Hino ao Senhor do Bonfim, de autoria do poeta Arthur de Salles e João Antônio Wanderley. Este hino tornou-se muito popular na Bahia até os dias atuais.
Fontes: arquidiocesesalvador.org.br /wikipedia.org