sábado, 25 de setembro de 2010

Reflexão do 26º Domingo Comum

* Por Pe. José Lima
Meus queridos irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo, estamos no mês da Bíblia, cuja palavra necessitamos tê-las em nossas casas e conduzí-la conosco. Precisamos adquirí-la, pois afirmava S. Gerônimo: " Quem não conhece a Bíblia, não conhece Jesus". A Bíblia é Deus no meio de nós pela Palavra, como diz o cântico: " Jesus Cristo é a Palavra, pura imagem de Deus Pai".
A liturgia de hoje nos fala de dois homens, cuja condição social era: um rico e outro pobre. O rico morreu e foi enterrado; morreu também o pobre e foi para junto de Abraão. Jesus conta esta história para nos ajudar a entender a vida e o que Deus quer de nós. O rico se vestia com roupa finas e elegantes importadas do Egito enquanto o pobre vestia-se de trapos e no chão à porta do rico comia as migalhas que caía da mesa sendo lambido pelos cachorros, animal impuro da época.
Acontece, porém, que no outro lado da vida onde estava certamente próximo de visão, o rico que o Evangelho não fala o nome porque pode ser qualquer um de nós que precisa de conversão, olhou e viu Abraão e Lázaro ao seu lado, grita Pai Abraão manda Lázaro molhar a ponta do dedo para refrescar a minha língua porque sofro nestas chamas. Podemos perceber que ele estava em um lugar de fogo e necessitava que fosse resfriado e só Lázaro poderia fazer isso. E Abraão disse: " Meu filho, entre nós e vós há um abismo e que está aqui não pode passar até lá e quem está lá não pode passar até aqui". Este abismo é construído aqui na terra por nós. Aquele rico só construiu abismos, ele tinha bens que não são ruins, pois a riqueza não é má, é para que possamos construir pontes com ela, fazer viaduto para encurtar o nosso caminho para Deus. Mas aquele homem apenas construiu distância, indiferença para com os pobres e com Deus, ou seja, se distanciou da ordem de Deus, dos seus mandamentos.

Lázaro por sua vez estava na pobreza,estava construindo o seu caminho bom, não porque ele era pobre é que estava construindo o caminho do céu, pois o pobre que não procura a sua conversão, não procura a sua comunidade, não procura participar das coisas de Deus aqui na terra, é pior do que o rico, pois muitos desavisados chegam a pensar que é só o rico que vai sofrer como diz o Magnificat: " Os ricos sairão de mãos vazias", pois os bens, a riqueza, é exatamente para construírmos o caminho do céu, nós que contribuimos com o dízimo, já sabemos disso: a casa, a terra e os bois que temos não é nosso; tudo é de Deus, nós somos os administradores dos bens de Deus em benefício nosso, tanto prova é que quando morremos não levamos nada, por isso oq ue chamamos de nosso é de Deus; aí está a nossa responsabilidade de administrar bem os bens de Deus e com eles fazermos pontes para chegarmos junto de Deus.

Aquele homem rico achou que os bens eram dele e por sua vez não administrou como devia e foi surpreso no abismo longe de Deus. No entanto, ele pede que Abraão mande Lázaro na casa de seu pai, avisar aos seus cinco irmãos para que os mesmos não viessem a ter a sorte que ele teve. A resposta é: " Eles têm Moisés e os profetas, que os ouçam". O rico insistiu, mas se alguém ressuscitar e for até eles, certamente se converterão. Abraão responde, não, pelo contrário, eles vão correr assustados, pois ninguém gostaria de se encontrar com um morto perambulando.
Lázaro não vai, pois quando passamos para o outro da vida, para aqui na terra não voltamos mais, reencarnar de novo, não! " Não adianta um morto vir falar aos vivos , ora se nem o vivo falando aos vivos não funciona, imagine um morto. As brincadeiras de mortos escreverem, mandarem mensagens, é brincadeira de gente enrolando aqueles de menos inteligência, mas nós não entramos nessa não!", pois somos da filosofia dos ensinamentos de Jesus, da Palavra de Deus. E a caridade, a partilha, é a luz que precisamos para sabermos ajudar os outros na medida do possível. Se não tem muito, o pouco que se tem, saibamos ajudar, olhando aquele que tinha e poderia fazer e não fez.
*Pe. José Lima , é vigário paroquial e coordenador paroquial da Pastoral da Saúde.

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