sábado, 22 de janeiro de 2011

3º Domingo Comum - Mt 4, 12 - 23

Depois de ser batizado por João … Jesus inicia sua pregação na Galileia, ao norte da Palestina. Depois da prisão de João, Jesus foi morar em Cafarnaum, nos confins de Zabulon e Neftali, região dos gentios. Essa região era mal vista pelos habitantes do sul, da Judéia. Com efeito, o povo do norte se misturara com os gentios, aceitando deles costumes e práticas religiosas. Não esquecer também que essa região foi corrompida pela ganância dos estrangeiros.
É nessa região, – distante do centro econômico, político e religioso, – que Jesus começa sua atividade. Bem se aplica o que é dito nas leituras: uma luz surgiu no meio deles, no meio do povo, que jazia nas trevas, brilha uma luz. É lá que Deus quis acender a sua luz. Não foi em Jerusalém no meio dos grandes, nobres, importantes, letrados e entendidos. Mateus cita Isaías para ressaltar a luz de Jesus Cristo a brilhar naquela região sombria, de trevas. Com Jesus chega a luz. Chega a vida. Chega a liberdade (libertação). Por isso, ele começa: “convertei-vos; está próximo o Reino dos céus!”
Deus é sempre desconcertante… Nunca faz o que pensamos… E faz sempre do modo mais improvável… Lá naquela região (no meio de pagãos…. esqueceu-se do povo escolhido …), uma região sem condições”, lá é que ele decide e vai começar: lá ele acende a luz para começar a iluminar a vida dos homens.
O tema da luz (tão presente no natal) continua aqui no início da atividade de Jesus na Galileia. A atuação de Jesus apresenta-se como realização das promessas de Deus para salvar seu povo. A região do norte, dominada pelos estrangeiros, representa agora a realização da profecia messiânica: Deus realiza a salvação prometida: uma luz surge onde há sombra e trevas, porque o Reino de Deus está próximo, está presente no Cristo.

Jesus foi morar e começa sua pregação por Cafarnaum, que fica à beira do lago de Genesaré, também chamado de Mar da Galileia ou Mar de Tiberíades. É aí, à beira do lago, com os pescadores, que Jesus anuncia a chegada do Reino. Mas não o faz sozinho. Do meio dos pobres pescadores ele chama seus colaboradores. De pescadores do lago da Galileia, ele faz “pescadores de homens”. Eles deixam seus afazeres para se dedicarem à missão de Jesus: anunciar a boa-nova, a liber-tação de seu povo oprimido. Anúncio este que acontece com palavras e com ações. Anunciar o Reino implica aliviar o sofrimento, pois é a realização do plano de amor de Deus. Ao cuidar dos que encontra pelo caminho, curando suas enfermidades, ele realiza e revela a vida divina que traz consigo.
A mensagem de Jesus é muito simples: uma boa notícia (o reinado de Deus está chegando) e uma necessidade (mudar a cabeça, o jeito de pensar, a mentalidade). Os mandões deste mundo (os poderosos) fizeram nossa cabeça. Tiraram dela os ensi-namentos do Mestre e colocaram suas mesquinhas e falsas verdades
. . . venha a nós o vosso Reino . . .
Com Jesus, também para nós, chegou o Reino de Deus. É preciso mudar a cabeça, a mentalidade (= trocar: outro jeito de pensar, outros valores que devem ser seguidos, outro modo de agir e de fazer, diferente do anterior).
Com Jesus, também para nós, chegou o Reino de Deus. É preciso voltar atrás, é preciso retornar e reencontrar as pegadas do Mestre, é preciso redescobrir o caminho de Jesus de Nazaré.
Com Jesus, também para nós, chegou o Reino de Deus. Jesus não começa falando. Começa fazendo. Chega de discursos enganadores! Primeiro ele cura, depois vai dizer que o Reinado de Deus está chegando no meio deles e isto vai exigir mudanças (mudança de mentalidade, conversão, metánoia, mudança de vida).

Com Jesus, também para nós, chegou o Reino de Deus. É preciso entender “como” Jesus fez: convoca os primeiros seguidores. Não são ricos, nem sábios, nem da elite religiosa ou dirigente. São só irmãos, humildes pescadores do lago de Genesaré, terra mal afamada.
Hoje, nosso povo anda muito oprimido pelas doenças físicas e doenças da sociedade: a exploração, o empobrecimento, o desemprego, a pobreza, a miséria, o analfabetismo, a desassistência da saúde, o descaso dos hospitais, a falta de re-médio, etc … Deus é a sua última esperança. … O povo entenderá o que Jesus pregou (justiça, amor, solidariedade, compaixão) como boa nova à medida que se reali-ze algum sinal disso em sua vida (alívio das dores pessoais, do sofrimento social). . . . um desafio para nós….
Pai Nosso,… venha a nos o vosso Reino . . .

uma vez que o Reino de Deus vem a nós, em nós e por nós, o mundo amadurece na semelhança com seu Criador!

Fonte: celebrando.org.br

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