sábado, 29 de janeiro de 2011

Reflexão do 4º Domingo Comum - Mt 5, 1 – 12a

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus!
As bem-aventuranças marcam em Mateus o início do sermão da montanha (5,1-7,28), a nova constituição do povo de Deus. Fazem parte do discurso do 1º. Livrinho(3-7). Esse discurso pode ser resumido assim: “o Reino é a justiça que liberta”
Quem são os destinatários? São as multidões vindas da Galileia, Decápole, Jerusalém, Judéia e do outro lado do Jordão (cf. 4,25). Com gente de todos os lugares se demonstra que a mensagem de Jesus não tem fronteiras.

Ao ver a multidão, Jesus sobe à montanha. Montanha é simbolicamente o lugar de Deus. Montanha quer recordar também o Monte Sião da Aliança selada com o povo hebreu ao sair da escravidão do Egito.
Jesus promulga a nova constituição do novo povo de Deus. Inaugura uma Aliança de confiança ilimitada entre Deus e seu povo. No Sinai o povo devia permanecer afastado. Agora o povo pode se aproximar do Mestre na montada e Deus lhes fala em Jesus, que, sentado, ensina como Mestre qualificado.
As bem-aventuranças são propostas de felicidade. A nova constituição do povo de Deus não impõe leis. Ao ver aquela imensa multidão de pessoas, Jesus simplesmente:
-constata a situação do povo que o segue (pobres, aflitos, mansos, famintos);
-percebe o esforço que fazem para mudar a situação (misericórdia/solidariedade, pureza de coração, promoção da paz);
-conhece as dificuldades e perseguições que enfrentam para criar a nova sociedade;
-e os proclama felizes, depositários do projeto de Deus.
A nova constituição = Deus se solidarizou com o povo sofrido, confiando-lhes o Reino.

Mais do que cultivar essa ou aquela virtude, a celebração de hoje nos propõe um compromisso alegre e decidido com a construção do Reino de Deus. O primeiro passo é o acolhimento em nós dessa boa notícia, apropriando-nos dela. Fazer nos-so o “sonho” de Deus: um mundo novo de justiça e paz.

Para isso precisamos fazer-nos pobres no sentido das bem-aventuranças, pobres de Deus, pobres do Reino. Daí vem os outros passos: lutar pela justiça, construir a paz, promover a dignidade humana. Para isso, precisamos nos solidarizar com os pobres desta terra. São eles os preferidos de Deus porque são a parcela mais fragilizada da sociedade. Ele conta com cada um de nós para que todos vivamos sempre felizes.
Vivamos nas bem-aventuranças. Vivamos as bem-aventuranças. Vivamos no Reino! Vivamos o Reino!
Fonte: celebrando.org.br

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