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VER O clima em nosso planeta tem a sua história, já apresentou diferentes configurações e, nesse sentido, está sujeito a alterações. No entanto, as mudanças ocorridas no passado aconteceram em virtude de processos naturais, como pequenas variações na relação da órbita da Terra em torno do Sol, queda de meteoritos na superfície do planeta e grandes erupções vulcânicas. Nos dias de hoje, são visíveis as mudanças elevadas de temperatura, os temporais por toda a parte, vendavais e as longas estiagens. Mas, se no passado as mudanças ocorreram por causas naturais, não podemos dizer o mesmo em relação às atuais, porque coincidem com o processo de industrialização, que se intensificou nos últimos dois séculos.
O aquecimento global
O clima do planeta é resultante da interação de muitos fatores, inclusive dos seres que integram a biodiversidade que ele hospeda. De algum modo, cada ser que habita a Terra contribui na formação e transformação do clima. Integrante dessa biodiversidade, o ser humano é, também, um agente que colabora, com considerável parcela, para a composição do clima. O aquecimento global é uma mudança climática que traz consigo uma série de desdobramentos. As mudanças climáticas acontecem quando se registram alterações nos valores médios das temperaturas, com aumento ou diminuição. Quando se fala em aquecimento global, quer-se dizer que está ocorrendo a elevação dos valores médios da temperatura na superfície do planeta: hoje, em torno de 15 ºC; há cem anos, 14,55 ºC, o que pode provocar alterações de várias ordens, como no regime e na intensidade das chuvas. É cada vez mais perceptível que o planeta passa por um aquecimento, o que tem provocado uma série de mudanças. Essa ocorrência, segundo os estudiosos do tema, deve-se a um fenômeno denominado de efeito estufa, que, se não for devidamente entendido, pode vir a ser taxado facilmente de “grande vilão” das mudanças climáticas. A vida e suas dores no contexto do aquecimento global Biodiversidade ameaçada
Biodiversidade é um termo recente, que procura abarcar e definir a diversidade biológica em todas as suas formas: ecossistemas, espécies e genes. A biodiversidade que conhecemos foi se construindo ao longo de mais de 3 bilhões de anos — e estima-se que compreenda cerca de 10 milhões de espécies, das quais apenas um décimo é conhecido. A biodiversidade é de suma importância, pois “salvaguarda uma série de processos vitais para o planeta e a humanidade, os chamados serviços ambientais. Esses serviços são diversos, e, sem eles, a vida, como a conhecemos, fica seriamente comprometida. A título de exemplo, alguns serviços ambientais que têm a biodiversidade como fundamento são: a) equilíbrio do clima; b) qualidade e quantidade de água; e c) produção de alimentos”. Portanto, a perda da diversidade implica mudanças climáticas, e o desflorestamento é considerado o segundo fator em importância na reflexão acerca das possíveis causas das mudanças que afetam o clima.
No contexto atual, em que são mais expostos os problemas do meio ambiente, a sensibilidade da mídia e de grande parte das pessoas tende a ser fragmentada, isto é, volta-se para essa ou aquela floresta, para esse ou aquele animal — sobretudo se em perigo de extinção. No entanto, é condição, para salvaguardarmos o planeta de um aquecimento global destrutivo, a preservação da biodiversidade como um todo. Uma floresta natural não cresce sem a ação de outros seres que ali constituem um complexo vital sustentável, o que inclui até os micro-organismos.
Em meio à problemática do meio ambiente, é oportuno chamar a atenção para a questão da fome no mundo, que corre o risco de ficar na sombra da abordagem sobre o crescimento populacional. Muitas pessoas, e mesmo organismos internacionais, tendem a tachar esse crescimento como agravante dos problemas ambientais, pois exige mais terra e água para a produção de alimentos. Diante desse fato, alguns organismos chegam a propor, em nível internacional, programas de redução das taxas de crescimento populacional. Por isso, é bom reafirmar que “a fome não é uma questão de disponibilidade, mas de solvibilidade; trata-se de um problema de miséria”, pois, “no mundo inteiro, existe alimento para todos”. A água - As águas oceânicas
Os oceanos são itens da maior importância na temática da água. As costas litorâneas abrigam, em nossos dias, quase dois terços da população mundial, e estima-se que, até 2030, chegue a três quartos. Além disso, os oceanos governam o clima e as condições meteorológicas mediante as distribuições planetárias de calor e água doce. No entanto, passam por mudanças tão rápidas e abrangentes que põem em risco as áreas costeiras e a própria humanidade, pois alguns eventos físicos, como tsunamis, furacões, tempestades tropicais, proliferação de algas, derramamento de óleo e eutrofização,12 são altamente destrutivos.
As águas oceânicas passam por um processo de acidificação no qual a água se torna corrosiva, como resultado da absorção do dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera. A mudança na química da água afeta a vida marinha, particularmente os organismos com estruturas de carbonatos de cálcio, como corais, moluscos, mexilhões e pequenas criaturas dos estágios iniciais da cadeia alimentar. Em consequência, diminui a absorção de dióxido de carbono (CO2) pelas águas e pelos seres vivos oceânicos.
As águas oceânicas também influenciam decisivamente na formação do clima, pois exercem as funções de reservatório e transportador de calor no sistema planetário. Assim, a relação entre águas oceânicas e atmosfera se encontra naturalmente nas variações climáticas anuais, em fenômenos já bem conhecidos, como o El Niño, com interferências na regulação das chuvas e até tempestades. E, se as previsões de aumento da temperatura se confirmarem, até o final do século o Ártico pode ficar sem gelo, e, nesse caso, as previsões falam de aumento considerável do nível do mar, o que certamente provocaria grandes transtornos às populações costeiras. Fonte: construirnoticias.com.br
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