quarta-feira, 13 de abril de 2011

CF - Agir

A primeira parte deste texto focalizou a problemática do aquecimento global, suas consequências em nosso planeta e as atividades do ser humano que estão ocasionando ou, no mínimo, contribuindo para essa situação. A segunda etapa nos iluminou ao atualizar o projeto de Deus, nosso Criador, para este mundo e para o ser humano.
Esperamos que esse percurso tenha suscitado preocupações para com a situação em que se encontra o planeta e com os rumos de nossa sociedade. E que essas preocupações levem cada um a perceber que também contribui e é parte do problema. Mas a maior contribuição que esperamos da abordagem desse tema é que desperte o desejo de transformação dessa situação, que resulta em maiores dificuldades à vida dos mais necessitados e põe em risco as condições futuras para a vida no planeta.

A problemática que aqui abordamos foi agravada pela nossa civilização industrial e vem se intensificando pelo estilo de vida altamente dispendioso em materiais e energia, que tende a se difundir e que degrada os bens do planeta e comprometem a sua “saúde”.
Nesse sentido, a reflexão que realizamos deve nos conduzir a ações concretas. A solução para que ao menos seja contido o aquecimento global dentro de patamares suportáveis não é tão simples. É de caráter global, passa por um grande acordo entre as nações; por sacrifícios, especialmente das nações mais ricas e maiores emissoras, por melhores condições de vida de nações; inteiras que ainda se encontram em condições de miséria e fome; pela diminuição do apetite de crescimento das empresas, das nações; por inovações em várias áreas que permitam uma pegada ecológica menor, o que certamente resultará na diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
Entretanto, mesmo diante disso, é alentador saber que podemos, sim, fazer algo e dar o nosso contributo, que não só é válido, mas necessário. E, quanto mais nos organizarmos para ações que visem diminuir as emissões, melhor será o resultado das iniciativas.
Enquanto Igreja, formada por discípulos e missionários de Cristo conscientes do papel das comunidades que a compõem, no contexto do Reino, revistamo-nos da atitude que levou o bom samaritano a reclinar-se sobre aquele sofredor, para que, com a força e sabedoria do Espírito, empenhemo-nos nessa causa, pois, afinal de contas, “toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto” (Rm 8:23).

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