sexta-feira, 28 de setembro de 2012

FÉ E POLÍTICA - Pe. Zezinho


 
Impressionante nesses dias de eleições e de política ver o número de cristãos que pretendem ser a-políticos. Isto mesmo.

Eles dizem que não são políticos, não fazem política e não gostam de ouvir falar.
Estão enganados. As religiões tem obrigação de preparar seus fiéis para se envolverem na política. As pessoas religiosas, exatamente por que acreditam em Deus, deveriam se preocupar com os outros filhos de Deus. Uma das maneiras de se preocupar com eles é fazer política honesta: preocupar-se com asfalto, eletricidade, esgoto, água, ordem, justiça social, salário, emprego e desemprego, nova fábrica, impostos e leis.


É dever de todo aquele que acredita no céu criar um pedaço do céu já aqui na terra. Uma boa política poderia fazer isso.

Quando os religiosos fogem da política, os não religiosos dançam e abusam lá onde os religiosos deveriam estar. Se acreditam tanto em Deus, então é melhor começarem a lutar, para que aqui na terra os filhos de Deus, sejam bem tratados. E isto se faz com boas políticas e boas atitudes de governo e oposição.

É um contracenso uma pessoa dizer que ama a Deus, mas não gosta de política. Não há contradição em orar e lutar por melhorias sociais. Não há conflito entre passar horas e horas rezando e passar horas e horas lutando para melhorar o seu bairro.

Todo religioso devia ser místico e ativista e ter uma boa porcentagem de política no seu coração.

É só ler os salmos para entender melhor o que é ter fé. No mínimo 120, dos 150 salmos, falam de política. Eu sou religioso e eu me preocupo com boas políticas. É por isso que votarei em pessoas que eu acho que melhorarão a vida dos pobres da minha cidade. Votei e vou cobrar se não fizerem. Acho que ter fé  também é isso. 


Artigo de Pe. Zezinho, scj - jornal Agora São Paulo
 

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